ANTENA

A Austrália chama…

Publicado em 23 de julho de 2018, 15:07:44

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Os agronegócios têm prioridade no trabalho de atração de empresas e investimentos do Brasil para a Austrália desenvolvido por Greg Wallis, cônsul-geral do país em São Paulo e responsável pela Australian Trade and Investment Comission (Austrade). Com apenas 20 milhões de hectares de culturas, a Austrália tem outros 400 milhões de hectares disponíveis para plantio. “Algumas áreas, mais áridas, são mais adequadas para a criação de gado; mas, em geral, o clima lá é semelhante ao daqui”, afirma Wallis.

A Austrália é ávida por investimentos estrangeiros, diz o cônsul: embora tenha um território de tamanho similar ao brasileiro, sua população — de 24 milhões de pessoas — é equivalente apenas à da Grande São Paulo.

Alguns empresários brasileiros perceberam que essas oportunidades decorrem não apenas das semelhanças entre as duas nações, mas também da estabilidade do ambiente de negócios da Austrália e do acesso que ela propicia a outros mercados: entre eles, China, Japão e Coreia do Sul, com os quais tem acordos bilaterais. O interesse vai além do universo do agronegócio; já estão na Austrália empresas brasileiras de TI, de cosméticos e automotivas — Natura e Marcopolo, por exemplo. “Mas vemos grandes oportunidades nos agronegócios e em seus vários segmentos”, ressalta Wallis.

…e a Millenium responde

Publicado em 23 de julho de 2018, 15:07:44

Uma empresa brasileira em processo de instalação na Austrália é a Millenium Bionergia. Ao inaugurar em fevereiro um escritório na cidade de Brisbane, a empresa do Rio de Janeiro terá operações próprias nos três países onde desenvolve projetos de implantação de usinas de produção de etanol: além do Brasil, os Estados Unidos — onde a operação está sediada em Wellington, na Flórida —, e agora a Austrália.

O projeto teve início há cerca de dois anos, quando o governo australiano se interessou pelas usinas desenvolvidas pela Millenium no modelo full flex, no qual plantas de produção de etanol de álcool e milho compartilham espaço e outros recursos. Esse projeto já conta com US$ 40 milhões de um fundo governamental para biocombustíveis e energias renováveis.

No Brasil, a planta de produção da Millenium será instalada na cidade de Tabaporã, no Mato Grosso. “Tecnicamente, o projeto brasileiro está mais desenvolvido, mas comercialmente o da Austrália está mais avançado, e sua construção deve começar este ano”, conta Eduardo Lima, CEO da empresa. Nos Estados Unidos, ainda deve demorar um pouco: “Enquanto o desenvolvemos, prestamos serviços de consultoria a produtores de cana-de-açúcar da região onde estamos instalados, onde o cultivo é tradicional”, conta o CEO.

Esta nota foi publicada na página 11, seção Antena, do número 38, da Revista PIB, de nov/dez/2017 e jan/2018.

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