Poucos dias antes do Natal, o parque ganhou outra atração de peso, o Museu da Natureza. É um museu de verdade, imerso no verde, construído em forma circular, lembrando um caracol. Mas não espere uma coleção de objetos inanimados, mesmo que haja abundância de acervo, evidências materiais e documentos científicos.

A concepção museográfica — do curador e criador de museus Marcello Dantas —, é  contemporânea, com múltiplas linguagens e intenso uso de tecnologia, recursos cenográficos e conteúdo audiovisual.

Nas doze salas do edifício aprende-se muito sobre a biografia do nosso sistema solar e do planeta Terra, avança-se no debate dos fenômenos climáticos e, naturalmente, descobrem-se as maravilhas da própria Serra da Capivara, inclusive com o uso de óculos de realidade virtual que simulam um voo de asa delta entre os meandros do Parque Nacional.

O escritor e crítico de viagens Ricardo Freire é um entusiasta da Serra da Capivara, que ele considera  “nossas linhas de Nazca, nossas pirâmides, nossa Petra”. No seu blog Viaje Na Viagem, Ricardo aconselha a visita e sugere uma combinação com Teresina e Petrolina.

http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/199-parque-nacional-da-serra-da-capivara

Como praticamente todas as obras de metrô no mundo, a construção da nova linha também atrasou e a inauguração prevista para o fim deste ano ficou para o fim do próximo. Mas valerá a pena esperar.

Pelo menos 24 trens de 9 vagões com ar condicionado vão correr a cada hora em cada direção, em alta velocidade, de Shenfied, no leste de Londres, até Reading e o aeroporto de Heathrow, no oeste, com 20 quilômetros subterrâneos no centro da cidade passando por estações como Tottenham Court Road e Bond Street.

A Elizabeth Line já aparece na nova edição do simpático mapa do metrô londrino (apelidado de Tube pelos locais), o segundo maior do mundo, com 408 quilômetros (Xangai tem 434, São Paulo, 93,6).

www.tfl.gov.uk/travel-information/improvements-and-projects/elizabeth-line

Os homens, como sempre, vestem as confortáveis djelabas e ainda há uma  ou outra carrocinha puxada por jumentinhos. Mas até nos becos da Medina, a cidade velha, agora circulam vespas barulhentas (o hospital municipal tem uma ala chamada C90, nome do modelo mais popular de vespas).

Riad Dar Zellij

A mudança real, diz o jornalista, está no nível de sofisticação da acolhida. Jovens empreendedores, alguns deles estrangeiros, compraram velhos riads – a típica casa marroquina com pátio e fonte central — e os transformaram em hotéis e pousadas de variados graus de luxo.

Riad Al Jazira

A cena gastronômica também mudou, com a inovação correndo junto com a tradição da cozinha local. Uma mudança e tanto, pois quando conheceu a cidade o jornalista tinha poucas opções entre o luxo desmedido do hotel das celebridades, o Mamounia, e o Club Med da praça Jemaa el Fna.

Restaurante Dar Cherifa

Ele notou mais uma mudança. Antes era preciso mastigar um pouco de francês para ser compreendido. Hoje muitos jovens falam inglês bem — e nenhum francês.

Uma coisa continua igual: antes era preciso dar gorjetas ao empunhar a máquina fotográfica. Agora a gorjeta é cobrada também para foto com celular.

www.nytimes.com/2018/10/08/travel/a-new-taste-of-marrakesh.html

Mas agora tem em seu encalço, como notável número 2, a Pizzaria Leggera, instalada desde 2013 na rua Diana (Perdizes), a verdadeira precursora da onda da pizza individual.

As pizzas da Leggera guardam notáveis semelhanças com as verdadeiras napolitanas: ingredientes genuínos, de qualidade (alguns importados, como a farinha), fermentação natural e assadas rapidamente em forno à lenha a altíssima temperatura.

A Leggera é uma das poucas pizzarias brasileiras a ostentar certificação de autenticidade da Associazione Verace Pizza Napoletana, instituição italiana que promove o culto da pizza boa no mundo.

www.pizzerialeggera.com.br